Dança ...

Essência da dança

Nestas horas de holocausto, de insensatez e desamor,
Os olhos do menino estão chorando
Por uma pombinha que foi humilhada
Entre tantas outras nesta eloqüência de um furacão

Que debruçado em cada passo, em cada movimento
São percebidos no tingir das melodias.
E cada breve compasso as bailarinas se fantasiam
Na inocência de ajeitar uma desculpa para o menino chorão...É muito tarde, os pensamentos voão...

Uns dizem que atrás da pomba
Outros, da imensidão.

Onde a paz está em cada ressentir de expressão e não somente no desejo do coração.

A bailarina busca sempre uma nova dança mesmo em meio a esta confusão.

Talvez para escapar da melodia do grande poeta de Porto Solidão.
Mas o cansaço nem o cansaço a impede de alçar? Nem o mundo e a globalização não vão invadir seus pezinhos no chão?

Buscar entender o choro do menino e a fortaleza da bailarina é tentar entender as coisas de Deus.
Entender as coisas de Deus é loucura para os homens... Como os loucos que pensam: será que Deus está nos atendendo, Ou se isso ou aquilo é por acaso?

Prefiro não justificar, Contemplar, não julgar, Sentir,

Essa essência divina de para que ou para quem dançar?!
Siana Subtil